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XVIII domingo do Tempo Comum


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4 agosto 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A falta de inteligência transforma-se também em ausência de relações e recusa de fraternidade porque o horizonte interior e existencial do rico é totalmente absorvido pelo próprio ego

4 agosto 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI

Ano C

Ecl 1,2; 2,21-23; Sal 94; Col 3,1-5.9-11; Lc 12,13-21

O trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho; os bens materiais são para o homem e não o homem para os bens materiais: talvez possamos sintetizar desta forma a mensagem das leituras deste domingo que advertem o homem do nosso tempo de fundamentar a sua vida apenas no fazer e no ter, no produzir e no possuir. Há um aspeto absurdo, revela o Eclesiastes, no afano do homem, sol-a-sol, sendo claro que aquilo que o homem ganha pelo seu trabalho incessante passará para outros que nunca se cansaram (I leitura). Jesus adverte dos perigos da avareza, da ganância, do desejo de possuir, recordando a precaridade da condição humana (Evangelho). A morte aparece, seja no Eclesiastes, seja no Evangelho, como a realidade que aniquila os desejos de poder e glória, desmascarando-os como ilusões, que podem, se alertadas a tempo, reconduzir o homem à realidade, à humildade e à sabedoria. Quem quer conhecer-se deve interrogar-se sobre a morte, porque ela revela ao homem o que verdadeiramente é essencial e tem sentido na vida.

Jesus recusa intervir numa disputa entre irmãos por questões de herança (cf. Lc 12,13-14). Diante do penoso, e tantas vezes recorrente, espetáculo de profundas divisões que acontecem nas partilhas de uma família, Jesus distancia-se e clarifica que esses assuntos nada têm a ver com a missão que recebeu do Pai. A obediência ao Pai faz com que Jesus não se sinta legitimado a intervir em qualquer circunstância, em todos os casos, independentemente do tipo e da natureza do assunto. “Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?" (Lc 12,13). Jesus recusa-se a substituir as autoridades legítimas e a cumprir ações que competem à justiça; remete-as para o poder judicial e para as figuras que a sociedade civil constituiu para o efeito. Dirijam-se diz, no fundo, Jesus, aos órgãos civis. Temos nestas palavras (que rimam com a célebre afirmação de César e de Deus, cf. Mc 12,17 e outras paralelas) um ensinamento que pode iluminar e inspirar a "laicidade justa" que a Igreja e os crentes são chamados a viver na sociedade civil.


 

A resposta de Jesus vai do plano exterior das disputas para o plano interior do coração: ele adverte todos dos perigos da ganância, da avareza, do desejo de possuir. A avareza vem do coração (cf. Mc 7,22) e é equiparável á idolatria (cf. Col 3,5). E a ganância que aqui emerge a propósito de uma partilha de heranças é a mesma que impede a obtenção da herança do Reino de Deus (cf. Ef 5,5). A idolatria dá uma ilusão de vida, mas produz a morte. A vida não consiste nos bens, diz Jesus e faz-nos interrogar em que é que consiste a nossa vida? Em que é que a fazemos consistir? De que é que a fazemos depender? “Mas o que é a vossa vida?” pergunta Tiago aos ricos que dizem “Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali um ano, faremos negócios e ganharemos bom dinheiro”, enquanto não sabem, nem podem saber “o que será a vossa vida no dia de amanhã” (Gc 4,13-14).

Este meter as mãos no futuro é aquilo que é repreendido também ao rico insensato da parábola narrada em Lc 12,16-21. A cegueira que a riqueza provoca é evidenciada na figura do rico estúpido, literalmente "sem inteligência", (áphron: Lc 12,20). Ele pensa possuir, também, aquilo que, por definição, é indisponível: o tempo, o futuro e a vida. E o binomio riqueza – estupidez é expresso de tal modo que o "pleno" da riqueza parece camuflar o desolador vazio, a penosa carência de inteligência e de sabedoria do rico.

A falta de inteligência transforma-se também em ausência de relações e recusa de fraternidade porque o horizonte interior e existencial do rico é totalmente absorvido pelo próprio ego: ele “enriquece para si” (Lc 12,20) esquecendo Deus e os irmãos. O pecado é sempre, recorda Agostinho, “dobrar o coração sobre si próprio”.

Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero 

XVII domingo do Tempo Comum


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28 julho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
Na oração, trata-se bater à porta, pedir, procurar. Certos de que o dom verdadeiramente necessário, o dom do Espírito, não será negado a quem o invoca

28 luglio 2013

 Anno C

Gen 18,20-21.23-32; Sal 137; Col 2,12-14; Lc 11,1-13

La preghiera è il mistero che riceve luce dalle pagine di Genesi e di Luca. In particolare viene sottolineata la modalità della preghiera. Genesi presenta una preghiera di intercessione e la mostra come insistente e ostinata, capace di ricominciare sempre da capo. Essa è anche una lotta tra uomo e Dio, un faticoso incontrarsi tra esigenze dell’orante e libertà di Dio. La preghiera esige coraggio, capacità di resistenza, di non scoraggiarsi, esige parresia, cioè franchezza, libertà, audacia. Anche Gesù, nel suo insegnamento sulla preghiera, sottolinea gli aspetti di perseveranza e insistenza: nella preghiera si tratta di bussare, chiedere, cercare. Certi che il dono veramente necessario, il dono dello Spirito, non sarà negato a chi lo invoca (cf. Lc 11,13).

Vedendo Gesù pregare, i suoi discepoli gli chiedono di insegnare loro a pregare, come anche Giovanni aveva insegnato ai suoi discepoli. Lungi dall’essere uno spontaneo manifestarsi di un impulso interiore, la preghiera è trasmessa, ricevuta attraverso una tradizione. “È attraverso una tradizione vivente che lo Spirito santo insegna a pregare ai figli di Dio, nella chiesa ‘che crede e prega’” (Catechismo della Chiesa Cattolica n. 2650). Questa trasmissione onora e rispetta ciò che la preghiera è in verità: un dono. Alla preghiera si può essere certamente educati da un padre spirituale, ma il primo e privilegiato luogo di formazione alla preghiera è la liturgia. Essa è suscitata nell’uomo dall’azione di Dio nella forza dello Spirito: la preghiera della chiesa non è solo leitourghía, azione comune, ma anche opus Dei, azione di (genitivo soggettivo) Dio. Nei tempi odierni in cui fioriscono forme pietistiche e devozionali, ricordare la liturgia come oggettivo luogo in cui si può e si deve imparare a pregare, è senz’altro essenziale.

La preghiera ha la capacità di forgiare l’uomo rendendolo un povero: chiedere, cercare e bussare sono i gesti propri del mendicante, del cercatore, del pellegrino. Ed è proprio del povero anche l’atteggiamento di apertura e fiducia nei confronti di Colui che può donare. È la fiducia che può abitare nella relazione tra amici, come afferma la breve parabola dell’amico importuno (cf. Lc 11,5-8).
Ma decisiva nella preghiera è la categoria della filialità. Il Pater, la preghiera che il Signore ci ha insegnato, non è tanto una formula da imparare a memoria, ma la norma della preghiera cristiana (lex orationis: Tertulliano), la sintesi del vangelo (breviarium totius evangelii: Tertulliano), un canovaccio di vita cristiana che guida il credente a entrare nella relazione con il Padre, nel Figlio Gesù Cristo, per mezzo dello Spirito. Pregare significa entrare sempre più in profondità nella dimensione di figli di Dio.
Nella preghiera del Signore le domande fondamentali dell’uomo alle prese con la vita e con la morte (Chi sono? Da dove vengo? Dove vado?) trovano indicazioni di risposta. Io sono una creatura, amata e chiamata  per nome da Dio Padre. Io sono anche un essere fallibile e peccatore, che ha bisogno del perdono come del pane quotidiano e che prega per non essere abbandonato in balia delle prove e per non soccombere nelle tentazioni. Nella mia piccolezza amata da Dio io sono anche destinato al Regno, sono chiamato alla santificazione, a vivere l’oggi narrando la santità di Dio con un agire improntato a giustizia e carità. Radicato in un passato che, in ultima istanza, è sotto il segno della paternità amorosa di Dio e lo situa nella fede, il credente vive il presente praticando la carità e il perdono verso i fratelli e si apre con speranza al futuro attendendo la venuta gloriosa del Signore e la comunione con lui nel Regno.

Se il passo parallelo di Matteo afferma che Dio darà “cose buone” a coloro che le domandano (Mt 7,11), Luca parla dello “Spirito santo” come del dono che il Signore non fa mancare ai suoi fedeli (Lc 11,13). Lo Spirito è il dono dei doni, il dono veramente essenziale, quello che consente all’uomo di assumere il volere di Dio e farlo proprio giungendo così a pregare nel nome del Signore Gesù e a vivere nella libertà dei figli di Dio.

 

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

 

XV domingo do Tempo Comum


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14 julho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A compaixão é subtrair a dor à solidão de quem sofre e dizer-lhe: Tu não estás só porque o teu sofrimento é, em parte, meu.
       


14 luglio 2013
di LUCIANO MANICARDI

Anno C

Dt 30,10-14; Sal 18; Col 1,15-20; Lc 10,25-37

Il primato della prassi: così potremmo intravedere l’unità tra prima lettura e vangelo. Il comando di Dio (ovvero la rivelazione divina contenuta nell’intero Deuteronomio, e dunque tutta la Legge) è praticabile, è fattibile, anzi può e deve essere messo in pratica, altrimenti esso non viene adeguatamente compreso. La Scrittura è data per essere vissuta: vivere la Parola è il criterio per comprenderla (I lettura). La pagina evangelica mostra che si può conoscere che l’intera rivelazione di Dio contenuta nella Scrittura si sintetizza nel comando di amare Dio e il prossimo e non trarne le conseguenze, ma disimpegnarsi, evadere dalla prassi. Dicendo “Hai risposto bene (orthôs); fa’ questo e vivrai” (Lc 10,28), Gesù incita il dottore della Legge a passare da una sterile ortodossia all’ortoprassi, unico piano di autentificazione della comprensione delle Scritture. E di fronte alla sua domanda: “Chi è il mio prossimo?”, Gesù narra la parabola del Samaritano anch’essa ben compresa dal suo interlocutore, ma la conclusione di Gesù è la medesima: “Va’ e anche tu fa’ lo stesso” (vangelo). L’ascolto della Parola tende a coinvolgere il corpo del credente, chiamato ad amare Dio con tutto il cuore, con tutta l’anima, con tutte le sue forze e il prossimo come se stesso. Sintetizza Agostino: “Non chiederti: chi è il mio prossimo? Tocca a te farti prossimo di chi è nel bisogno”.

La continuità tra il dialogo tra Gesù e il dottore della Legge sulla Legge e la parabola del Samaritano dice che la pagina biblica così come il volto dell’altro nel bisogno sono appello a vivere la carità, sono appello alla responsabilità nei confronti dell’altro uomo. Siamo di fronte alla denuncia della divisione che spesso ci abita: non facciamo l’unità tra sapere e fare, tra corpo scritturistico e corpo umano sofferente, tra spirito e mano.


 

A differenza del sacerdote e del levita che, visto l’uomo ferito, passano dall’altra parte della strada, il Samaritano accetta di incontrare l’uomo moribondo e di lasciarsi scomodare da lui. Credo che per leggere onestamente la parabola dobbiamo non tanto identificarci con il protagonista positivo, ma comprendere che di noi fanno parte anche il sacerdote e il levita e che i tre personaggi sono momenti di un unico faticoso movimento verso la vera compassione. Ovvero, per arrivare a “fare compassione” (Lc 10,37; non “provare” o “sentire”, ma mettere in pratica, far avvenire la compassione sul piano della prassi: fecit misericordiam, traduce Gerolamo), occorre riconoscere le opposizioni che in noi sorgono alla compassione e alla solidarietà.

La compassione è il sottrarre il dolore alla sua solitudine e dire al sofferente: Tu non sei solo perché la tua sofferenza è, in parte, la mia. Il testo ci spinge a porci una domanda: perché a volte ci voltiamo dall’altra parte di fronte a un sofferente, perché non vogliamo incontrarlo? La solitudine del sofferente ci fa paura, di spaventa, ci turba: per incontrare il sofferente occorre incontrare anche la propria paura, incontrare in sé stessi la propria solitudine che spaventa. Allora potrà sorgere in noi la solidarietà e la compromissione attiva. L’impotenza del sofferente, del morente (l’uomo percosso dai briganti è “mezzo morto”: Lc 10,30) ha la paradossale forza di risvegliare l’umanità dell’uomo che riconosce l’altro come un fratello proprio nel momento in cui non può essere strumento di alcun interesse. In questo, la compassione è un gesto di radicale umanità e gratuità.

Se è vero che la parabola insegna a farsi prossimo, essa rivela anche, tra le righe, che il sofferente, nella sua impotenza, rende chi gli si fa vicino capace di divenire compassionevole come Dio è compassionevole (cf. Lc 6,36). Non vi è forse un rimando all’esperienza che ci porta a dire che, stando vicino a un malato o a un morente, è più ciò che abbiamo ricevuto di ciò che abbiamo dato? E non vi è, soprattutto, un velato riferimento alla potenza della debolezza del Crocifisso? È nell’impotenza della croce, certo, abbracciata da Cristo nella libertà e per amore, che egli ci ha narrato l’amore universale di Dio.

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

 

XIII domingo do Tempo Comum


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30 junho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
Seguir Jesus é exigente e implica o cansaço do dia-a-a-dia, de um dia após outro (cf. Lc 9,23): é importante ser resoluto para não ficarmos bloqueados pela banalidade do quotidiano e pelos hábitos 

30 junho 2013

ANO C

1Re 19,16b.19-21; Sal 15; Gal 5,1.13-18; Lc 9,51-62

A relação com o Senhor passa através do caminho de sequela de um homem: de Elias (I leitura), de Jesus (Evangelho). Os dois textos convergem na apresentação de um início: o encontro de Elias com Eliseu constitui para este um volte face na sua vida. Ele separa-se dos seus, deixa o trabalho e começa uma nova fase na sua vida ao serviço de Elias. No Evangelho, Jesus entra numa nova fase da sua vida: depois da Galileia dirige-se convictamente para Jerusalém (cf. Lc 9,51), onde se cumprirá o seu destino. O início aqui significa andar mais fundo no caminho feito. Com os três personagens anónimos que entram em cena nos vv. 57-62 o Evangelho apresenta também tentativas falhadas de início ou, pelo menos, as dificuldades que seguir Jesus implica. Presunção de si (v. 57) e condições postas preliminarmente à sequela (vv. 59.61) impedem a sequela que coloca o crente sob o primado do Reino de Deus. 

“Nessuno che ha messo mano all’aratro e poi si volge indietro è adatto per il Regno di Dio” (Lc 9,62): questa parola di Gesù suppone che la sequela esiga risolutezza. Perché? Perché Gesù stesso ne ha avuto bisogno: egli “rese dura la sua faccia per andare a Gerusalemme” (Lc 9,51; la Bibbia CEI traduce: “prese la ferma decisione di mettersi in cammino verso Gerusalemme”). L’espressione indica la decisione presa nel cuore di perseguire fino in fondo il cammino intrapreso: la risolutezza è la necessaria mobilitazione delle energie e della volontà per non fallire lo scopo. Ma indica anche la concentrazione di chi si prepara a resistere alle difficoltà, alle opposizioni e alle violenze che la propria missione può riservargli. La risolutezza cristiana non ha nulla a che fare con l’incoscienza o con la non assunzione dei propri limiti: essa è determinazione, che etimologicamente rinvia al porre dei confini, e dunque è capacità di conoscere e assumere i propri limiti. Essa è un aspetto della fortezza cristiana e “la fortezza presuppone la vulnerabilità: essere forte significa saper accettare una ferita” (Josef Pieper). Così abbozzata, la risolutezza cristiana appare un’umile risolutezza, mite, mai arrogante, mai presuntuosa, ma convinta e tenace.


 

La missione a cui Gesù invia comporta la possibilità della non accoglienza degli inviati, esattamente come Gesù stesso ha conosciuto la non accoglienza (cf. Lc 9,53). Anzi, non accolto dai Samaritani perché diretto verso Gerusalemme, Gesù sarà rigettato anche dalla città santa, la città “che uccide i profeti e lapida coloro che le sono inviati” (cf. Lc 13,34). L’accoglienza e il riconoscimento per Gesù non sono un diritto. Ma questo, Gesù deve insegnarlo ai suoi discepoli, tentati di reagire con zelo cattivo allo sgarbo ricevuto (cf. Lc 9,54-55). Non una parola di rimprovero per i Samaritani, che vengono accolti nella loro non accoglienza, e invece un aspro rimprovero per i discepoli (Lc 9,55): sono i cristiani che devono vivere il Vangelo ed essere rimproverati se assumono forme di presenza e di azione mondane. Inviati dall’Agnello “come agnelli in mezzo ai lupi” (Lc 10,3), a essi non è concesso di travestirsi da lupi (Mt 7,15). Infatti, è la qualità della loro presenza che narra il volto di Cristo agli uomini. È la loro vita “altra” e “differente” rispetto al mondo che narra la santità di Dio.

La sequela di Gesù esige anche la fatica del quotidiano, del giorno dopo giorno (cf. Lc 9,23): la risolutezza è necessaria per non lasciarsi bloccare dalla banalità dei giorni e dalle abitudini, per sostenere la vita del discepolo che è sotto il segno della precarietà (v. 58) e per dare perseveranza alla sequela e non ridurla all’avventura di una stagione della vita. L’inizio della sequela è importante proprio perché il cristiano non è chiamato solo a iniziare ma a dare continuità al suo cammino e a rimanere. Non porre condizioni (v. 61), non predeterminare le prestazioni, non lasciarsi guidare solamente dall’entusiasmo (v. 57), non nutrire nostalgie che si rivelerebbero paralizzanti (v. 62), sono condizioni essenziali per una sequela duratura.

 

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

 

XVI domingo do Tempo Comum


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21 julho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
Não basta servir, temos também de ser servos: Maria, estando aos pés de Jesus, deixa-se imbuir pela sua palavra, tornando-se serva

21 luglio 2013
Riflessioni sulle letture
di
LUCIANO MANICARDI

Anno C

Gen 18,1-10a; Sal 14; Col 1,24-28; Lc 10,38-42

Il ministero e il mistero dell’ospitalità: questo il tema su cui prima lettura e vangelo orientano la riflessione. Ministero in quanto servizio, diaconia verso il pellegrino, il senza casa, il bisognoso; mistero perché, come appare dalla prima lettura, l’accoglienza dello straniero diviene theoxenía, accoglienza di Dio stesso (cf. Eb 13,2). Accogliere lo straniero significa aprirsi alla rivelazione di cui egli è portatore. Ospitare è creare uno spazio per l’altro e dare del tempo all’altro. È condividere la propria casa e il proprio nutrimento. Più in profondità, ospitare significa fare di sé uno spazio per l’altro attraverso l’ascolto. Maria che ascolta la parola di Gesù è immagine di un’ospitalità che non si limita ad accogliere nelle mura di una casa, ma che fa della persona stessa una dimora per l’altro.

La tradizione cristiana interpreta il passo di Gen 18,1-15 in senso trinitario: la raffigurazione iconografica di questa scena (la philoxenía, “l’ospitalità”), sottolinea il farsi ospite di Dio che viene accolto da Abramo, ma anche l’ospitalità che Dio offre all’uomo in seno alla propria vita divina. La vita intratrinitaria è movimento di ospitalità reciproca: l’uno è riconosciuto e accolto dall’altro. E questo è vero del credente che si sa accolto da Dio in Cristo: “accoglietevi gli uni gli altri, come anche Cristo accolse voi” (Rm 15,7). Una cultura dell’ospitalità è oggi un’urgenza profetica che contesta le logiche del “mio” e del “tuo” che creano diffidenze e fanno dell’altro un nemico, un hostis, invece che un ospite, un hospes. Colui che mi ospita mi consente di accogliermi con la sua accoglienza. Mi dà vita. Una vita che non è estranea alla divina ospitalità che attraversa i rapporti tra le persone della Trinità.


 

La tensione tra Marta e Maria non è un semplice litigio famigliare, ma riveste una valenza ecclesiale, come appare dal testo di At 6,1 ss., che parla del malcontento sorto nella chiesa di Gerusalemme tra due componenti della comunità: gli ellenisti si lamentano con gli ebrei perché le loro vedove erano trascurate al momento della distribuzione per i poveri. Poiché amministrazione dei beni e organizzazione dei soccorsi spettavano agli apostoli (che non necessariamente erano buoni amministratori), la soluzione della questione fu trovata assegnando una priorità al servizio della Parola, riservato agli apostoli, e affidando il servizio delle mense ai “sette”, istituiti per l’occasione: infatti, “non è giusto che noi trascuriamo la Parola di Dio per il servizio delle mense” (At 6,2).

Dunque, nessun aut-aut tra servizio e ascolto della Parola, nessuna lettura del nostro testo che insinui una dicotomia tra i due atteggiamenti di Marta e di Maria o vi veda la figura di due tipi di vita opposti (la vita attiva e la vita contemplativa). Entrambi gli atteggiamenti sono essenziali alla configurazione di una autentica e piena ospitalità e alla vocazione cristiana ad amare Dio e il prossimo. Il problema riguarda il modo del servizio. C’è per Marta, come sempre nella chiesa, la possibilità di un servizio che diventa totalizzante, che distrae dall’essenziale (v. 40), che chiude all’ascolto della Parola e se ne distacca. C’è la possibilità di un servire che diventa cieco perché non vede altro che se stesso e pretende che tutto ruoti attorno a sé; c’è la possibilità di una volenterosa e generosa attività per gli altri che diviene però cattiva e pronta all’accusa: “Mi ha lasciata sola a servire. Dille che mi aiuti!” (v. 40); c’è la possibilità di un servire che diviene un far rumore, un vuoto agitarsi (v. 41), una sorta di militanza incosciente.

Non basta servire, occorre essere servi: Maria, stando ai piedi di Gesù, si lascia plasmare dalla sua parola, divenendo sua serva, come l’altra Maria, la madre di Gesù, che disse: “Eccomi, sono la serva del Signore, avvenga di me secondo la tua parola” (Lc 1,38). Con l’ascolto, noi lasciamo che Gesù sia il Signore, altrimenti, con l’attivismo frenetico, finiamo col sentirci protagonisti e divenire noi i signori e padroni: Marta, in aramaico, significa “signora”. E vorrebbe disporre anche di Gesù.

 

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

 

XIV domingo do Tempo Comum


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7 julho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
Assiste-vos uma força extraordinária da parte do enviado de Cristo, no meio de uma pobreza extrema, no evitar tudo aquilo que é poder e afirmação 

7 luglio 2013
Riflessioni sulle letture
di
LUCIANO MANICARDI

Anno C

Is 66,10-14c; Sal 65; Gal 6,14-18; Lc 10,1-12.17-20

L’annuncio che Dio, tramite il profeta, fa giungere al popolo ritornato dall’esilio babilonese è annuncio di pace (prosperità, shalom: Is 66,12), di salvezza e di giustizia che in una Sion immaginata come madre trova la sua manifestazione: Gerusalemme diviene luogo di consolazione (I lettura); l’annuncio che Gesù, tramite i settanta (o settantadue) discepoli, fa giungere alle città e villaggi nelle quali si sarebbe recato nel suo cammino verso Gerusalemme, è annuncio di pace, è proclamazione che il Regno di Dio si è fatto vicino. Pace e Regno di Dio sono manifesti in Gesù stesso (vangelo).

Il testo evangelico contiene un ricco insegnamento sulla missione. I discepoli sono inviati per preparare la strada a Gesù (“li inviò avanti a sé in ogni città e luogo dove stava per recarsi”: Lc 10,1). La missione è ancillare nei confronti del Signore, è annuncio e preparazione della sua venuta. Per questo i discepoli sono inviati a due a due: perché la loro comunione e fraternità è già annuncio del Regno, perché il Vangelo, che nell’amore trova il suo centro, è testimoniato adeguatamente da vite in relazione, da uomini che si aiutano e sostengono vicendevolmente, da persone che si amano.
Gli inviati sono pochi rispetto alla smisuratezza delle messe, sono dotati di pochi mezzi e di ancor meno certezze: povertà, minoranza, precarietà non sono deprecabili ostacoli che impediscono l’efficacia della missione, ma sono le condizioni poste da Gesù per la missione evangelica. La povertà degli inviati deve far risaltare il fatto che la missione è svolta dalla persona nella sua interezza. Non basta avere pochi mezzi, occorre essere poveri, non basta proclamare il Regno di Dio, occorre essere uomini di Dio, non basta annunciare la pace, occorre essere operatori di pace. Così gli inviati possono davvero essere “agnelli” (Lc 10,3) che seguono l’Agnello, Gesù Cristo. La missione, infatti, non è altra cosa rispetto alla sequela, non è una realtà a parte, ma ha senso proprio e solo come sequela Christi.


 

In questo affidamento radicale al suo Signore, l’inviato potrà sperimentare la protezione che il Signore gli accorda: “Nulla potrà farvi del male” (Lc 10,19). Inviato in mezzo a lupi, senza alcuna assicurazione del successo della sua missione, anzi, essendo stato prevenuto dal Signore sulla possibile non accoglienza (cf. Lc 10,10), l’inviato potrà tuttavia conoscere in queste tribolazioni la certezza di fede di essere sulle tracce del Signore che conobbe la non accoglienza, il rifiuto, e non vi si ribellò. Come il suo Signore, l’inviato cristiano è chiamato ad accogliere la non accoglienza che gli uomini possono riservargli e ad annunciare a tutti che il Regno di Dio è vicino.

La povertà e inermità dell’inviato è anche il luogo in cui può manifestarsi la potenza dello Spirito di Dio: “I demoni si sottomettono a noi nel tuo nome” (Lc 10,17). Vi è una forza straordinaria nell’estrema povertà, nel rifuggire tutto ciò che è potere e affermazione da parte dell’inviato di Cristo: anzitutto perché sempre la potenza di Dio si manifesta nella debolezza del credente, ma anche perché la piccolezza degli inviati viene sentita dai destinatari della missione come non minacciosa e perciò crea fiducia e rende possibile il miracolo dell’incontro tra diversi, tra lontani, che grazie proprio alla povertà possono avvicinarsi gli uni agli altri senza diffidenze e timori.

Per questo Gesù non invia missionari a portare cibo, abiti e denaro a bisognosi, ma invia uomini senza denaro, senza provviste di cibo e “spogli”: “Non portate borsa, né bisaccia, né sandali” (Lc 10,4; in Lc 9,3 aggiunge: “Non portate due tuniche per ciascuno”). Ciò che devono portare è l’annuncio della vicinanza del Regno e dunque la necessità della conversione: per questo occorre non perdere tempo, non fermarsi a salutare nessuno per strada (cf. Lc 10,4), bruciare le parole cortesi per non ritardare l’annuncio essenziale. La povertà degli inviati è segno e testimonianza credibile di un Regno che essi stessi attendono come vitale. E questo atteggiamento dice la verità del loro annuncio.

 

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

XII domingo do Tempo Comum


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23 junho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
Todas as ligações, para nós vitais, só são possíveis se precedidas de uma separação: da separação do seio materno, à separação dos pais para constituir família, até à separação da vida que, para o crente, é acesso à vida com Deus, para sempre.

23 junho 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI

Ano C

Zc 12,10-11; Sal 62; Gal 3,26-29; Lc 9,18-24

O caminho doloroso do Messias, que culminará no seu ser saído da autoridade do seu povo (Evangelho), é profetizado pelo destino doloroso e trágico do pastor justo atingido, de que nos fala a primeira leitura.

Muitas vezes, os comentários às palavras iniciais deste trecho do Evangelho (v. 18) dizem que, nos momentos decisivos da sua vida, Jesus reza. Esta afirmação inverte as condições do problema: Jesus não reza nos momentos decisivos da sua vida, mas é a oração de Jesus que torna decisivos os momentos da sua vida. Jesus passa a noite em oração e, de manhã, escolhe os doze (Lc cf. 6,13). Jesus habita o tempo também com a oração e isso habilita-o a cumprir escolhas guiado pelo discernimento da vontade de Deus. A oração põe o quotidiano diante de Deus e ajuda a vivê-lo em obediência. É rezando que discernimos o tempo e o resgatamos (cf. Ef 5,16) fazendo dele autêntica ocasião de culto, ou seja, de amor por Deus e pelos irmãos.

A oração de Jesus é seguida de uma pergunta, dirigida aos discípulos, acerca da sua identidade.  Na oração Jesus recebe a sua identidade de Filho do Pai (Lc 3,22: “Tu és o meu Filho”), mas esta identidade, fundada na relação com o Pai, é chamada a ser reconhecida e confessada pelos homens. Ele interpela os discípulos e, através deles, as pessoas. A qualidade de uma pessoa é confiada ao discernimento das pessoas que a encontram, a veem e a escutam. Na oração – dirigida a Deus – Jesus recebe a palavra divina e obedece-lhe na sua vida; na pergunta – dirigida aos homens – ele pede uma resposta, suscita uma palavra e valoriza-a, discerne-a e, eventualmente, corrige-a e orienta-a.


Entre os mandamentos de Jesus aos discípulos não está apenas o de ir e anunciar (cf. Mt 28,19; Mc 16,15), de pregar dos terraços (cf. Mt 10,27; Lc 12,3), mas também o de calar, de não anunciar, de “não dizer nada a ninguém” (v. 21). A urgência da evangelização não pode fazer esquecer a necessária disciplina do mistério, a lenta e progressiva preparação, a entrada no mistério que requer tempo e paciência. E não pode também, fazer esquecer a necessidade do silêncio, para que a palavra pregada e anunciada seja, graças à reflexão que a preparou, uma palavra credível e autorizada.

Lucas sublinha a dimensão da quotidianidade da assunção da cruz para seguir Jesus. O gesto de tomar a cruz e carrega-la refere-se, originariamente, à sentença que impunha ao condenado à morte que carregasse o instrumento da sua própria execução. A extensão deste gesto a “cada dia” (v. 23), retira alguma coisa à dimensão trágica inscrita na literalidade do gesto, e acrescenta, no plano simbólico, o aspeto da árdua perseverança e da difícil e custosa fidelidade. Perseverança é, para os cristãos, um dos nomes da cruz.

Tomar a cruz em cada dia significa também que, a escolha de seguir Cristo, selada de uma vez por todas, pelo batismo, é existencialmente refeita todos os dias. À ideia ingénua e ilusória que a uma escolha, se "justa", não devem seguir-se dificuldades e obstáculos, mas que tudo deve "ser consequente", deve-se sobrepor-se a ideia de que não há nada de mágico nas escolhas e de que nenhuma escolha, ainda que definitiva, nos exime de fazer escolhas diárias para poder recomeçar e prosseguir o caminho. Em particular, é oportuno renovar os motivos da escolha com o avançar da idade e o desabrochar da pessoa, desfazendo o mito desresponsabilizante da escolha "justa" como escolha  que exime da fadiga de discernir, refletir e arriscar.

A relação entre a perda da vida e a sua salvação é a transfiguração, no plano da fé e da sequela de Cristo, da dinâmica antropológica pela qual “viver é perder”. Todas as ligações, para nós vitais, só são possíveis se precedidas de uma separação: da separação do seio materno, à separação dos pais para constituir família, até à separação da vida que, para o crente, é acesso à vida com Deus, para sempre.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero