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Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo


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14 06 20 vangelo marziale corpo sangueA Igreja celebra hoje a festa do Corpus Domini, uma outra festa teológico-dogmática, instituída no séc. XIII para afirmar a doutrina eucarística contra aqueles que a interpretavam de forma divergente da Igreja Romana. O novo ordo litúrgico manteve esta festa, que passa a constituir ocasião para compreender melhor o grande mistério da Eucaristia e para adorar o corpo e sangue de Cristo, o corpo e sangue que Ele ofereceu por toda a humanidade, amando-a até ao fim, até ao extremo (cf. Jo 13,1).

O trecho do Evangelho, segundo João, proclamado na liturgia é tirado do capítulo 6 que é inteiramente dedicado ao à multiplicação dos pães, às palavras de Jesus que explicam aquele acontecimento e responde às perguntas e às contestações dos seus ouvintes. A perícope é breve mas densa e emerge de cinco palavras recorrentes: comer (8 vezes), beber/bebida (4 vezes), carne (6 vezes), sangue (4 vezes), vida/viver (9 vezes). Escutamos primeiro uma declaração de Jesus: “Eu sou o pão vivo, descido do céu”. Os ouvintes são remetidos por Jesus não para alguém ou qualquer coisa grande, com força e sabedoria mas para a humilde realidade do pão que todos comem diariamente para seu sustento e que muitos procuram e até mendigam na sua pobreza.

O pão, este alimento humilde e simples mas que é símbolo de vida, "necessário" para viver. Jesus insiste nesta realidade necessária ao homem mas simples e humilde para revelar qualquer coisa de si. Jesus diz que Ele próprio é pão, um pão para a vida, um pão que não vem dos homens, que estes não pode dar, mas vem do céu, vem de Deus. São palavras que devemos contemplar, não explicar, porque não conseguimos acolhê-las em plenitude. Se queremos viver a vida verdadeira, não apenas a vida biológica que caminha para a morte, devemos comer o pão que Jesus nos oferece - Ele mesmo.

Toda a sua vida, toda a sua ação, todas as suas palavras do seu nascimento em Belém até à sua morte na cruz, tudo é enxertado na vida do Filho de Deus desde sempre e para sempre no seio do Pai e por isso é vida eterna que nos é oferecida se estamos à procura, sedentos por essa vida. Atenção: esta vida não é apenas vida divina, tendo em vista uma divinização, ma é também a vida humana de Jesus, a vida vivida por Ele na carne frágil e mortal que tinha assumido ao nascer da Virgem Maria. Aquela vida humana vivida por amor dos homens neste mundo, consumida até à morte na cruz, é para nós alimento de vida para sempre. Também nós, tal como os judeus que O escutavam, ficamos perturbados diante de uma afirmação como esta.

Como é possível que um homem dê a sua carne como alimento? É uma loucura! Contudo, Jesus não tem receio de escandalizar com uma afirmação assim forte. Pelo contrário, comentando-a torna-a ainda mais escandalosa: “Se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis o seu sangue não terei em vós a vida". Linguagem dura mas com a qual procura revelar-nos que comer o pão eucarístico e beber o cálice da bênção é receber a realidade misteriosa (isto é no mistério, no sacramento) de Cristo, humanidade transfigurada na ressurreição e na vida divina do Filho no seio do Pai. Assim na Eucaristia a vida de Cristo torna-se a nossa vida e nós tornamo-nos corpo de Cristo, seus membros vivos, pelo mesmo sopro do Espírito Santo.

Este é o "pão" que não se degrada e que faz viver para a vida eterna. Não devemos, contudo, esquece-lo: tudo isto é vivido sacramentalmente tendo diante de nós o pão partido e vinho para beber. Mas o nosso olho, se está habilitado pelo Espírito Santo, discerne o pão e o vinho em que está o corpo e o sangue de Cristo. Nós, quando nos alimentamos deles, dentro de nós, no metabolismo eucarístico, transformam-nos em corpo do Senhor. Este é o grande mistério que nós, antes de tudo, adoramos:

“a Palavra fez-se carne” (Jo 1,14)
em Jesus; a carne de Jesus fez-se pão (cf. Jo 6,51);
o pão dá-nos a vida eterna (cf. Jo 6,58).

Enzo Bianchi