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Pentecostes

 

O Espírito suscita o testemunho cristão enquanto memoria do Christus totus. Não apenas das suas palavras, mas também daquilo que Ele não disse: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da verdade há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir." (Jo 16,12-13). Há coisas que não foram ditas, um silêncio (de Cristo) de que o Espírito se faz intérprete na história. O Espírito é “memória” de Cristo não no sentido psicológico, mas revelativo: o Espírito torna Cristo presente e atualiza-O, isto é, atualiza a plenitude da revelação de Deus que é palavra e silêncio. O Espírito torna a Igreja capaz de interpretar o Evangelho ao longo da História. A verdadeira reforma da Igreja não é mais do que ser fruto da ação do Espírito. O Espírito está na origem de uma reforma que não é simplesmente biblismo e adesão à Palavra das Escrituras, nem um a-histórico retorno a formas, regras e normas de vida cristã (e vida religiosa) consideradas mais "puras", mais "religiosas", mas apenas fidelidade criativa ao Evangelho.

O Espírito, que articula e que ordena na Igreja, a comunidade e a pessoa, “todos” e “cada um”, os dons e as funções que a enriquecem, ordena também a obediência e a criatividade, a fidelidade e a inovação. E o princípio da fidelidade não está na repetição de fórmulas do passado mas no futuro, no Reino escatológico: “Ele vos guiará à verdade completa”. O Espírito é hermeneuta de Cristo que veio e virá, é antecipação do Reino futuro.
Como Paráclito (“Consolador” como diz a tradução italiana), o Espírito é consolação, assistência na luta que o crente tem de enfrentar no mundo, defesa no processo que o próprio mundo (a mundanidade idolátrica) intenta contra Ele. Mas é também a força que consente ao crente que carregue o peso da palavra de Deus na história: aquelas palavras  que os discípulos não podem “por agora” carregar (Jo 16,12), poderão ser carregadas, logo vividas e testemunhadas, graças ao Espírito Santo que fará delas jugo esmagador, mas suave e leve. Princípio de profecia, o Espírito torna suportável o peso das exigências da Palavra a que o Profeta e a Igreja (ministra e serva da Palavra, logo chamada, também ela a ser profética), são, antes de todos, submetidos.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano B
© 2010 Vita e Pensiero


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